Medical Team Performing Surgical Operation in Modern Operating Room

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Como a adequação de Anestesia pode ajudar a melhorar a qualidade e custos de tratamento

Imagine que você esteja submetido a um procedimento cirúrgico. Você está nervoso, é claro, mas a equipe cirúrgica garante que você está em boas mãos. Você está na mesa e a equipe pede para você contar regressivamente a partir de 10. Você começa a pegar no sono, mas de repente tem uma vaga sensação de que está ciente de que está passando por uma cirurgia.

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Conceito de Adequação de Anestesia

Infelizmente, esta experiência acontece com pacientes e é uma situação que o anestesista sempre espera evitar. A segurança do paciente é a preocupação primária de qualquer anestesista, mas a experiência do paciente não fica muito atrás. A consciência e lembrança podem ser traumáticas para pacientes e ocasionar uma experiência ruim. Medidas cardíacas e pulmonares convencionais não são completamente confiáveis para determinar o nível de hipnose em pacientes passando por anestesia geral e os efeitos da anestesia geral no cérebro ainda não são totalmente conhecidos.

Entretanto, avanços em monitoramento têm mudado o jogo para avaliar a profundidade anestésica no paciente.

O monitoramento da profundidade anestésica avançado avalia os efeitos de medicamentos anestésicos no cérebro utilizando sensores de eletrodos aplicados à testa do paciente. Esse sistema não invasivo mede o grau de irregularidade (profundidade da anestesia) nos sinais do eletroencefalógrafo (EEG) com base na associação geral entre mudanças na entropia do EEG e mudanças no córtex cerebral. Em pacientes adultos, valores altos de entropia (alta irregularidade no sinal) indicam que o paciente está acordado. Valores baixos de entropia (baixa irregularidade no sinal) estão associados a uma provável ausência de consciência.1

Comparado ao monitoramento clínico padrão durante anestesia geral, o monitoramento de profundidade de anestesia está associado a custos adicionais, que exige a compra de equipamentos especializados, incluindo sensores portadores de eletrodos. Os custos também incluem treinamento para a equipe clínica relevante sobre o uso da tecnologia de monitoramento de profundidade de anestesia, bem como custos operacionais relacionados à unidade, como atualização de protocolos.

O monitoramento de profundidade anestésica pode ser útil para guiar o clínico na administração e titulação de medicamentos anestésicos, o que pode levar a uma melhora na qualidade de tratamento e redução em custos de anestesia e custos gerais de assistência médica. Em particular, o monitoramento com base em EEG pode ser capaz de mitigar as ocorrências de sobredosagem e subdosagem.

Sobredosagem pode resultar em altos custos médicos por diversos motivos. Estes incluem uso maior/desnecessário de medicamentos anestésicos; emergência do paciente mais lenta, despertar ou extubação no centro cirúrgico; e maiores taxas de efeitos adversos pós-operatórios como desconforto do paciente, náusea, vômito e permanências mais longas na unidade de tratamento pós-anestesia. Subdosagem, enquanto menos comum, pode levar a problemas sérios de consciência inadvertida do paciente e potenciais sintomas psicológicos e transtorno de estresse pós-traumático, bem como riscos de responsabilidade associados.2-4

Em geral, o monitoramento de profundidade da anestesia está associado a um consumo reduzido de medicamentos anestésicos gerais e tempo de recuperação reduzido em comparação a somente monitoramento clínico. Uma revisão indica que o monitoramento de profundidade anestésica pode levar a incidência reduzida de hipotensão intraoperatória e pode reduzir o volume de anestésico volátil necessário, levando a extubações mais rápidas e menos tempo na sala de recuperação.4 Essas economias têm o potencial de compensar por alguns dos custos extra associados à implementação do monitoramento de profundidade de anestesia. 4,5

Mas, além dos benefícios à experiência do paciente ou do ponto de partida, os clínicos concordam que o monitoramento de profundidade da anestesia é um componente essencial do tratamento de pacientes. De acordo com a Associação de Anestesistas da Grã Bretanha e Irlanda, "o uso de monitores de, por exemplo, monitoramento de EEG processado, é recomendado quando pacientes são anestesiados com técnicas intravenosas totais e medicamentos bloqueadores neuromusculares, para reduzir o risco de consciência acidental durante anestesia geral."7

Para a equipe clínica, o veredito é claro: o monitoramento de profundidade anestésica é uma ferramenta essencial para centros cirúrgicos e anestesistas.

 

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Referências  

  1. Marinova R, Petrova G. EEG-derived indexes for monitoring the depth of anesthesia. Vol 2.; 2018. Journal of Pain Management and Therapy. Accessed March 15, 2019.
  2. Nickalls RWD, Mahajan RP. Awareness and anesthesia: think dose, think data. Br J Anaesth. 2010;104(1):1-2. doi: 10.1093/bja/aep360. Accessed March 15, 2019.
  3. Musizza B, Ribaric S. Monitoring the depth of anesthesia. Sensors (Basel). 2010;10(12):10896-10935. doi: 10.3390/s101210896. Accessed March 15, 2019.
  4. Shepherd J, Jones J, Frampton G, Bryant J, Baxter L, Cooper K. Clinical effectiveness and cost-effectiveness of depth of anesthesia monitoring (E-Entropy, Bispectral Index and Narcotrend): a systematic review and economic evaluation. Health Technol Assess. 2013;17(34):1-264. doi: 10.3310/hta17340. Accessed March 15, 2019.
  5. El Hor T, Van Der Linden P, De Hert S, Mélot C, Bidgoli J. Impact of entropy monitoring on volatile anesthetic uptake. 2013;118(4):868-873. doi: 10.1097/ALN.0b013e3182850c36. Accessed March 16, 2019.
  6. Liang Z, Wang Y, Sun X, et al. EEG entropy measures in anesthesia. Front Comput Neurosci. 2015;9:16. doi: 10.3389/fncom.2015.00016. Accessed March 16, 2019.
  7. Association of Anaesthetists of Great Britain & Ireland. Checking Anaesthetic Equipment 2012. AAGBI Safety Guideline. London, 2012. http://www.aagbi.org/sites/default/files/checking_anaesthetic_equipment_2012.pdf (accessed 07/07/2015).